domingo, setembro 17, 2006

Fim de semana

Ele estava na rodoviária esperando. Aquela cidade o assustava e o atraia ao mesmo tempo. Os prédios parecem ter vida... tudo aparenta ser pequeno na imensidão de concreto. As pessoas são só partículas sem identidade.
E lá estava ele, sentado e fumando um cigarro. Cantarolava algumas músicas.
De repente ela chega.
Não o reconheceu de primeira. Ele riu para si mesmo.
Encontraram-se. Ele não sabia ao certo o que dizer ou fazer. Ela idem.
Mais tarde na casa, haviam lençóis verdes e brancos. Um clima acolhedor. Um oásis naquela metrópole.
Ele se sentiu bem lá. Era estranho... pessoas desconhecidas que o tratavam bem.
Assim foi um fim de semana aparentemente como muitos outros. Apenas aparentemente.
Ele a conhecia sem a conhecer. Ele sabia o que significava a sobrancelha arqueada, sabia identificar as expressões.
Livia era o nome dela.
Uma pessoa linda em todos os sentidos. Ele aprendeu a gostar dela. Do jeito dela.
Aquela personalidade meiga, carinhosa e companheira. Aquele rosto... o cheiro. Os cabelos que não paravam de cair no olho.
Foi tudo muito bom. E igual a tudo o que é bom, isso não foi diferente. O fim de semana passou em um piscar de olhos.
A despedida foi breve. Ele ficou olhando até ela desaparecer. E olhou mais... a procurando quando já tinha sumido.
Sentiu um vazio. Nada mais que isso. Uma sensação de perda. Voltaria para sua cidade e tudo voltaria ao normal. Vazio.
A história não acaba aqui. Mais fins de semana virão... mais dias de sol também.